Rio Belém



Comprimento 17,13 km
Área da bacia 87,80 km²
País(es) Brasil
  
  História do Rio Belém

Em 1721 o Ouvidor Raphael Pires Pardinho, ao visitar a então vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, com seus 1.400 habitantes, se preocupou com o crescimento, a educação, a organização e a limpeza da vila. Ouvidor Pardinho em seus despachos obrigou os moradores a limparem todo o ano o rio Belém para evitar banhados em frente à Igreja Matriz. Em 1783 a Câmara de Vereadores baixava normas urbanísticas que impunham respeito ao aspecto público da cidade.
No ano de 1877 as águas do Rio Belém eram limpas e assim surgiu a idéia de aproveitá-lo como fonte de abastecimento, mas a proposta não vingou. Um pouco mais de 10 anos, em 1888, o rio já sofria com a falta de saneamento e Curitiba teve a primeira epidemia de tifo relacionada ao esgoto do Belém.
O Belém teve sua extensão retificada em 1935. Um trecho do rio de 17,8 Km passou a ter 7,2 Km.
Em 1962 e 1967 foram realizadas várias obras nos rios curitibanos e duas delas foram a canalização do Belém no trecho que compreende o Centro Cívico até o Passeio Público e a cobertura de um de seus afluentes, o Rio Ivo.
A parte central do Belém terminou de ser coberta em 1977 e assim duas das principais ruas da capital paranaense, Mariano Torres e Tibagi, tem em seu percurso o Rio Belém abaixo.
O problema com a poluição continua e em 1980 foi criada a Estação de Tratamento do Rio Belém com a promessa que ele teria novamente peixes em suas águas.
Entre 1997 a 2001 mais de 20 toneladas de lixo e lodo são retirados do rio pela dragagem realizada nos últimos oito quilômetros.
No ano de 2005 um projeto do poder público para o Belém incluía descanalizações e um espelho d’água na Mariano Torres.
No final de 2007 a Prefeitura de Curitiba lançou os editais de licitação da dragagem do Rio Belém. O Departamento de Saneamento da Secretaria Municipal de Obras Públicas pretende aprofundar 70 centímetros do leito do rio, aumentando a vazão em 270 milhões de litros. Serão limpos 7.800 metros, saindo da BR-476 até o rio Iguaçu. A obra passará pelos bairros Prado Velho, Guabirotuba, Hauer, Uberaba e Boqueirão.



                  Parque Municipal Nascentes do Rio Belém

Suas margens têm mata ciliar e o local abriga, desde 2001, uma unidade de conservação ambiental municipal com 11,1 mil metros quadrados, o Parque Nascentes do Rio Belém. O parque foi inaugurado no Dia do Rio, a 24 de novembro de 2001. A área abriga o nascedouro do Belém. A implantação do parque teve como objetivo a proteção ambiental da sua nascente.
No local encontra-se o Centro de Referência da Águas, espaço próprio e equipado para atividades de Educação Ambiental, passando a ser referência nas atividades desenvolvidas pelo Programa Olho D`água, que monitora a qualidade da água dos rios curitibanos.
O principal meio de transporte que dá acesso ao Rio Belém é o ônibus Canal Belém.


                          Situação atual do rio Belém

       O lago do Parque São Lourenço é formado pelo represamento do Rio Belém, e é um dos pontos onde o rio encontra-se poluído. A ausência de correnteza favorece a concentração de contaminantes. O Bosque do Papa é cortado pelo Rio Belém. O principal meio de transporte para se chegar ao Rio Belém é o ônibus Canal Belém.
     O Rio Belém passa ao lado do Palácio Iguaçu, cruza a Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, ele se esconde em galerias subterrâneas e atravessa todo o Centro embaixo do concreto da cidade. Passa pela Rua Luiz Leão, entre o Colégio Estadual e o Passeio Público, segue pela Rua Tibagi até as proximidades da Rodoferroviária de Curitiba, onde ressurge próximo a oficina de trens da antiga R.F.F.S.A(Atual ALL).
       Até 1977, o Belém corria às vistas de todo mundo ao lado da Avenida Mariano Torres. Obras de canalização desviaram o rio e o esconderam embaixo da Rua Tibagi. Foi a primeira grande obra de saneamento de Curitiba.
    O local onde fica o Passeio Público era uma área de várzea do Rio Belém que constantemente alagava. O parque foi criado em 1886 justamente para represar as águas das cheias e evitar que os alagamentos prejudicassem a população.
     O pior trecho do Rio Belém fica na região do Prado Velho. Grande quantidade de lixo é despejada dentro do Rio Belém na Vila das Torres. Nesse ponto, o Rio Belém recebeu diretamente ou por meio de seus afluentes, o esgoto de alguns dos bairros mais nobres da cidade.
     A partir do Guabirotuba e do Hauer, o Rio Belém só corre reto, pois teve ser leito retificado e perdeu suas curvas. Nesse trecho, o rio recebe esgoto de algumas indústrias. Já para os seus vizinhos, o principal problema é o risco de enchentes. Depois de ser maltratado por 20 quilômetros, o Belém chega ao seu fim sozinho, no bairro Boqueirão, quando encontra o Rio Iguaçu.
                 
                               Principais aspectos ambientais do rio Belém



  • Ligações de esgoto irregulares que desembocam no rio, em várias casas as ligações do esgoto estão nas galerias de águas pluviais;
  • Disposição irregular de resíduos da construção civil nas margens que contribui para o assoreamento e formação de ilhas na calha do rio;
  • Degradação das margens e ocupações irregulares.

                           Plano de revitalização

  1.    Um grupo de especialistas sugerem seis soluções para salvar o rio Belém:
  2.    Expandir a rede de esgoto para 100% das casas;
  3.    Combater as ligações de esgoto clandestinas;
  4.    Envolver a população no projeto de revitalização;
  5.    Resgatar a identidade do curitibano com o Belém;
  6.   Implantar sistemas de contenção de enxurradas;
  7.   Tratar a água poluída dentro do próprio rio, através de um processo conhecido como flotação, que trata a   água poluída dentro do próprio leito do rio. O ideal, porém, é que essa tecnologia seja uma medida complementar as outras cinco alternativas. 



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